A nova versão do já famoso Chat GPT – a GPT-4 – voltou a preocupar muita gente com a evolução das habilidades do robô. Porém, é preciso avaliar a situação: essa preocupação é realmente necessária? Neste momento, não, avalia Leonardo dos Reis, desenvolvedor da Mouts TI que tem acompanhado com atenção as novidades sobre o robô.
O Chat GPT é de fato uma ferramenta muito inteligente, mas é isso: uma ferramenta. Ele não vai atuar sem receber uma instrução ou permissão de um operador – que via de regra, é um humano. Mas, além de receber e cumprir orientações, o Chat GPT pode ser um aliado no trabalho – e não um inimigo.
Tendo em mente que o GPT é um modelo de linguagem – ou seja, o objetivo dele é gerar textos de maneira autônoma, é possível prever que ele será uma ferramenta útil para profissionais de áreas de produção de conteúdo como jornalistas, roteiristas, escritores – mas, no fim das contas, qualquer profissional precisa produzir textos. E por isso o robô pode ajudar profissionais de muitas áreas a alavancarem suas carreiras, basta entender o funcionamento dele.
Além dos produtores de conteúdo, na área de Tecnologia da Informação o Chat GPT pode ser um aliado na produtividade. Por exemplo: uma função muito corriqueira em Desenvolvimento de Softwares é pesquisar soluções para os problemas que aparecem e muitas vezes, essa tarefa demanda muito tempo. Este é um caso em que a tecnologia do GPT pode encurtar o tempo na busca por essa solução – como encontrar o erro em uma linha de código – o que melhora a produtividade. E conforme temos mais experiência, essa busca vai se tornando mais rápida ainda.
Outras áreas também podem se aproveitar dos conhecimentos do Chat GPT. Nutricionistas, por exemplo, podem pedir a elaboração de uma tabela nutricional de acordo com as orientações fornecidas ao robô. Além disso, ele é capaz de fazer revisões e correções de acordo com a estrutura gramatical do idioma selecionado, e até mesmo traduções muito confiáveis. O grande segredo é saber explicar o que se quer para o robô – quanto melhor o usuário sobre o que precisa, melhores serão os resultados.
Mesmo com todas essas funções – e com as atualizações que devem melhorar significativamente a atuação – o Chat GPT ainda não pode substituir um bom profissional porque ele não tem compreensão de negócio. Um jornalista ainda precisará revisar o texto escrito pelo robô. Um nutricionista terá que validar a tabela nutricional sugerida. Um desenvolvedor terá que verificar se o código obedece a todas as necessidades. Ou seja, a compreensão do que é necessário ainda é feita pelo ser humano. O que o chat faz é facilitar a parte operacional – e é desta que precisamos saber tirar proveito. A evolução da Inteligência Artificial é uma realidade e o Chat GPT é apenas um dos vários aplicativos que já existem com esse tipo de tecnologia, o que precisamos é entender como obter os melhores resultados e aplicar aos negócios.